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Tu valorizas-te?
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Tu valorizas-te?

a cultura da valorização
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Olá,

Bem vindos.

Esta semana é a sério. Imaginem que apenas uma parte desta newsletter está disponível para não subscritores. Imaginem, vá. Imaginaram?

Vai acontecer no dia 23 de Setembro. A radioAmor passa a ter a maior parte dos conteúdos apenas para quem subscreve a nova versão. Por outras palavras, menos do que dois lattes num local da moda. É duro mas acredito que precisamos valorizar o nosso trabalho para que os outros também nos valorizem.

E esta é a partilha que faço hoje: a cultura da valorização.

Subscreve já para não te arrependeres!

O que é a cultura da valorização?

É o contrário do que vivemos, em que os que se valorizam são muitas vezes confundidos com arrogantes, e os que não se valorizam acabam subjugados aos interesses de outros. É a velha história das relações, nas quais só quando abandonamos alguém essa pessoa percebe o quanto nos ama ou das empresas que, perante uma rescisão de contrato, não têm como reter aquele colaborador acabando a contratar dois ou três para o substituir.

C’est la vie.

Há muito que venho apregoando esta necessidade de nos valorizarmos, de sermos quem somos, de vivermos de acordo com a nossa verdade. Falo muitas vezes dessa arte de aprender a dizer não, acabando por protelar a minha decisão, dizendo muitas vezes sim ao que deveria dizer não. Escrever é uma arte, saber pesquisar, filtrar, condensar e tratar a informação é uma técnica. Demora tempo, supõe conhecimento e experiência. Queres saber porque nunca arrisquei fazer uma versão paga da radioAmor?

Por desvalorização. Medo que ninguém pagasse. Até ao dia em que percebi que, se ninguém subscrever, é porque ninguém valoriza - o que é muito diferente de não ter valor - e se ninguém subscrever, não irei continuar a fazer. O “problema” (a felicidade, neste caso) é que já há quem esteja a subscrever. E eu estou grata por isso!

Partilhar é amor.

No podcast desta semana, 5 minutos para mudar de vida, ou a forma como vives a tua vida, temos formas de auto-valorização para aprendermos - ou reforçar o que já sabemos - sobre acreditarmos em nós, gostarmos de quem somos e dizermos aos outros que não aceitamos menos do que isso.

É um processo, difícil, mas nós chegamos lá. Somos merecedores. É urgente adoptar atitudes e comportamentos que comprovem essa valorização.

No futuro, apenas poderás ouvir a cultura da auto-valorização explicada em 3 minutos se subscreveres. Hoje, entrego-te 7 atitudes que vão ajudar-te no trabalho e na vida.

Na meditação para quem não sabe meditar, dois minutos para nos lembrarmos do nosso valor. Apenas isso. O poder da respiração para nos centrar, focar e criar as fundações que nos permitem Ser.

Na revista sábado, o texto é sobre a síndrome de Estocolmo aplicada ao emprego, porque há muitas pessoas que estão numa relação absolutamente tóxica com o empregador e ainda agradecem. Neste texto encontras um relato dessa relação, para te ajudar a perceber se estás nessa situação. No podcast tens 7 atitudes que são também 7 formas para abandonar toda e qualquer situação na qual não és valorizado ou que não contribui para a tua auto-valorização. Esta semana, é isto.

Agora imagina que acabava aqui. Chato, não é? :)

Síndrome de Estocolmo nas empresas

Há pessoas que vivem a síndrome de Estocolmo no trabalho. Aquele que nos deveria elevar e fazer de nós pessoas melhores, sabem qual é? É o mesmo que também faz com que algumas pessoas acreditem que aquilo que têm é o melhor que há.

Nos filmes, as personagens afectadas pela síndrome de Estocolmo são incapazes de abandonar o agressor. Na vida real, por medo, as pessoas sequestradas ficam gratas e são leais ao sequestrador. É o que acontece em algumas empresas, nas quais as pessoas vivem gratas, num sequestro voluntário, leais ao que sempre conheceram, ignorando todo um mundo de oportunidades fora daquele contexto.

Pensei nisto quando, há dias, uma amiga me falava sobre outra amiga. Trabalhavam na mesma empresa e uma delas decidiu sair. Queria ganhar mais, outras oportunidades e, depois de uns quantos Cv’s e entrevistas, arranjou algo que considerou melhor. A que ficou na empresa, receosa pelo futuro da outra, fez questão de manter o contacto. Um dia perguntou-lhe como estava a correr e descobriu que a outra, a que mudou de empresa, estava muito melhor, quase como se fossem umas férias, argumentou. E disse à amiga algo que a perturbou e que a mim fez pensar na síndrome de Estocolmo: vocês acham que essa é a única forma de fazer as coisas mas eu aqui trabalho menos e melhor. Quando a minha amiga me contou isto, acrescentou que ficou pensativa porque está há tantos anos na mesma empresa - quase tantos quantos os que tem de trabalho - que talvez não saiba trabalhar de outra forma. Fitei-a concordando e acrescentei que talvez seja verdade porque também eu, por aquilo que a oiço dizer, penso que há muito a melhorar na produtividade e método de trabalho daquela empresa. E pensei: quantos não estarão na mesma situação, reféns de um contexto repleto de falhas, inseguros em relação à mudança e seguros de que aquilo é o melhor que podem ter?

Como numa relação a dois, por vezes contentamo-nos com o que temos, convencidos de que é o melhor que arranjamos. Nenhuma relação é perfeita, também o sabemos mas há umas mais perfeitas do que outras e, no que respeita ao trabalho, manter uma relação porque nos tornámos incapazes do distanciamento que nos permite avaliar as condições de trabalho, é preocupante. É o que fazem muitas empresas, garantido a ausência de questionamento, não aceitando a mudança e assegurando que o status quo se mantem inalterado para que ninguém questione - e se questione. Para quem estiver num contexto de absoluta gratidão e sob pressão, talvez seja o momento de pensar quão grato está ao opressor…

Sugestões

Continuo em modo Manifestar e em breve trago notícias sobre este ou outro livro.

Para fechar a semana, classic Chet Faker charisma. Espero que gostem!

Se gostas, por favor partilha com um amigo ♡

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