RadioAmor
radioAmor
Dinheiro, o tabu que nos faz aceitar MENOS
0:00
-5:21

Dinheiro, o tabu que nos faz aceitar MENOS

O que fazer quando nos recusam um aumento de salário?

Sair.

A verdade é esta e não há muito a fazer quando nos recusam aumentar o salário mais do que uma vez.

Agradecer e não aceitar.

Quando nos fazem uma proposta salarial baixa para as nossas competências.

Negociar.

Se nos fazem uma proposta abaixo da média do mercado.

€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€

Olá.

Bem-vindos ao episódio desta semana que fala do elefante na sala: dinheiro.

Falta dinheiro ou está mal distribuido? Ambos.

Numa negociação, usar a carta de que estamos a ser sondados por outras empresas só resulta nas áreas em que há mais oferta do que procura, caso contrário, pode virar-se contra nós e queimar a nossa reputação profissional. Na verdade, o que se passa é que em Portugal vivemos sempre abaixo da média porque também produzimos menos do que os outros e tal acontece por uma inércia cultural que se espalha como um vírus a quase todas as empresas, apoiada por uma certa incompetência ao nível da liderança. Quando somos bem liderados, a magia acontece. E se, de repente, optasses por seres o teu próprioo lider? Carrega para ouvir e perceberes como o podes fazer.

Esta semana escrevi para a Sábado sobre o International Pay Day, um dia para nos lembrar que ainda vivemos com grandes discrepâncias salariais entre homens e mulheres. Isso. Desigualdade salarial assente na desigualdade de género a qual, por sua vez, tem fortes raízes numa sociedade preconceituosa e muito conservadora. Quem, nós?

Sim, nós e tantos outros países em que tal acontece. Podem fazer scroll down para lerem o que publiquei na Sábado.

Para ouvir, fórmulas nada secretas para pedir um aumento com um twist. Porque isto de pedir aumentos não é tão simples como parece e eu vou mostrar-te como o fazer.

Carrega em play e começa a ouvir.

Na Sábado, esta semana:

International Pay Day ou em bom português, quanto ganhas?

Se fores mulher ganhas certamente menos do que o homem, sentado ao teu lado, com o mesmo nível de responsabilidade e as mesmas tarefas. Há excepções mas a estatística não falha: trabalho igual nem sempre significa salário igual. Há uns dias, a actriz Jennifer Lawrence falou exactamente sobre esta questão, afirmando que “não interessa o quanto faço” (“it doesn’t matter how much I do”)  porque, continuou, a diferença vai persistir por uma questão de género. Senti nas suas palavras uma espécie de resignação, baseada no pressuposto de que, quando questionados sobre a razão da diferença salarial, os empregadores dizem sempre não haver desigualdade de género, sem saberem explicar a razão pela qual a mulher tem um salário mais baixo. Por isso, importa perguntar quanto ganhas mas, mais ainda, se estás satisfeita com o que ganhas. Porque eu não estou.

O dia 18 de Setembro, International Pay Day, é dedicado questionar e a mostrar o impacto que as diferenças salariais entre homens e mulheres têm para o desenvolvimento económico e a desigualdade. E as diferenças persistem. 

O Gender Snapshot Report de 2022 das Nações Unidas mostra que a igualdade de género é fundamental para o progresso e prova que as mulheres ganham menos, pelo mesmo trabalho. Apesar de progressos significativos, a igualdade de género está em retrocesso. Há exemplos por todo o mundo que atentam contra os direitos das mulheres. Assim de repente, para além de tudo o que aconteceu com a pandemia, o retrocesso à liberdade no Afeganistão, a violência sexual na Etiópia, o fim da protecção contra a violência de género na Turquia, a lei anti-aborto nos Estados Unidos. Antes da pandemia, o relatório A quantum leap for gender equality da ILO, International Labour Organization, mostrava que nos últimos 20 anos a igualdade de género tem tido poucos avanços. O Global Gender Gap Report 2020 do World Economic Forum (WEF) também identifica barreiras ao desenvolvimento da igualdade de género. 

A igualdade de género e a equidade necessitam de medidas concretas que promovam protecção social universal, legislação e transparência nas empresas. Sobretudo transparência. Há uma cultura opaca no que respeita a salários. Mesmo entre amigas, não se fala - ou fala-se pouco - de dinheiro, como se fosse vergonha ou gabarolice dizer o quanto se ganha. Amigas, não é. A partilha dessa informação é uma ajuda para todas, para termos comparações e exemplos, para percebermos se estamos, ou não, a ser roubadas. O nosso envolvimento - nosso, das mulheres como tu e como eu - é determinante neste processo da igualdade de género e de igualdade salarial. Ainda há muito a fazer. Se a isto juntarmos o facto do salário médio em Portugal ser dos mais baixos da OCDE, tal pode querer dizer que as mulheres têm, de facto, um problema para resolver. O estudo O Salário Médio em Portugal – Retrato atual e evolução recente da Fundação Calouste Gulbenkian revela o que já sabemos: baixa produtividade e muito lenta evolução salarial, numa relação directa entre produtividade e salários (maior produtividade, maiores salários, com a Alemanha a liderar).

De acordo com o Banco Mundial, a igualdade salarial é obrigatória em apenas 90 países enquanto em 88 países há restrições que afectam mais de mil milhões de mulheres. Contudo, exemplos como os de Timor-Leste, Ruanda ou Barbados são inspiradores. O Global Gender Gap Report, 2021, do World Economic Forum, mostra que em Timor-Leste as mulheres ganham, em média, o mesmo que os homens. O processo está em curso no Ruanda e nos Barbados os salários são muito idênticos. Leis que afectam o salário no feminino estão a ser reformadas e as restrições eliminadas, da mesma forma que, países como a Etiópia ou o Suriname já têm licença de maternidade.

Nos Estados Unidos, o Equal Pay Act, de 1963, defende salário igual para trabalho igual, da mesma forma que o Equality Act de 2010, na Grã Bretanha, veio definir o mesmo princípio, baseado no valor do trabalho. O que falha? Falhamos nós porque apesar das leis e regulamentos, a nossa percepção do mundo assenta no preconceito (ponto final). Esse preconceito estende-se a todos os domínios do social e justifica a desigualdade salarial. Quando o mesmo produto, da mesma marca, é mais caro se dirigido ao público feminino, como não estranhar salários diferentes para o mesmo trabalho ou negar que ainda vivemos numa sociedade dividida entre o azul e o rosa?

Share radioAmor

Posto isto, só mesmo com meditação é que “a coisa” vai, certo?

Para ti, para os dias mais difíceis, para o pré ou pós reunião, uma meditação que podes fazer em qualquer lugar ♡

0:00
-4:54

Já subscreveste a radioAmor?

O que é a versão premium da radioAmor?

A radioAmor por completo. Puro amor.

A subscrição vai dar-te acesso ao podcast sobre como mudar, dois minutos de meditação para quem não sabe meditar, uma masterclass mensal com ferramentas para mudar de vida e outras surpresas que ainda estou a preparar.

cinco minutos para mudar de vida?

Apenas isso: em cinco minutos, como mudar de vida. O que fazer. Por onde começar. O que dizer. Quem procurar. E mais dois minutos para meditar. Meditar? Sim.

É life-changing, por isso faz parte dos 5 minutos para mudar.

Vou ajudar-te a começar, oferecendo-te o que não encontrei quando mais precisei: contemplação simples para começares e conseguires, no futuro, meditar sem mim.

O texto da sábado é para todos. Mas aqueles cinco minutos, serão apenas para ti, que escolhes contribuir para mudar.

Se quiseres subscrever só tens de carregar neste botão.

Nos livros, Manifest de Rouxie Nafousi, um livro sobre os SETE passos para manifestarmos a vida dos nossos sonhos: ter uma visão, perder o medo, alinhar o nosso comportamento, aceitar e ultrapassar os testes que o universo nos apresenta, agradecer sempre, transformar a invesja em inspiração e acreditar. Acreditar!

Na música, Arc De Soleil levam-nos a Amsterdão. Carrega em play e viaja, define a vida dos teus sonhos e começa a trabalhar para que aconteça. Acredita, é possível se o tornares possível. Aqui ou em Amsterdão. Mas sonha!

radioAmor is a reader-supported publication. To receive new posts and support my work, consider becoming a free or paid subscriber.

0 Comments
RadioAmor
radioAmor
inspiração digital para mudar
Listen on
Substack App
RSS Feed
Appears in episode
Paula Cordeiro