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Plano de Investimento Pessoal
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Plano de Investimento Pessoal

PiP: conheces?

Olá, bem-vindos.

Se não conheces, subscreve. É assim que os outros fazem e é assim que eu vou passar também a fazer. Desculpem mas a verdade é mesmo esta. Convencemo-nos de que o marketing de conteúdo é a solução para os males das marcas, a melhor forma de atrair consumidores e, pelo meio, os verdadeiros criadores de conteúdo ficaram no limbo entre o “se todos fazem de graça porque raio hei-de pagar a este gajo”, a falta de investimento das marcas porque “os números são pequenos”ou porque não compreendem o alcance do project e a apropriação de ideias para fazerem pelos seus próprios meios. A Internet poderia ser uma coisa bonita mas, por vezes, não o é e só veio complicar a nossa vida. É aprender a lidar. Ou não. E parar de aceitar que é assim quando deveria ser de outra forma. Vale para tudo na nossa vida e eu sei que o meu conteúdo é bom, que entrega valor. Sobretudo, que expande e fideliza.

Chega de estar acanhada.

Nada deste discurso é sobre mim. Isto é para ti e sobre ti, essa mania de fazer pequeno para não incomodar, de aceitar porque é difícil ficar fora dos parâmetos, encaixar como fazemos com aquela peça do puzzle que não sabemos de onde é, mas que também sabemos que não é ali. Chega de nos fazermos mais pequenos do que somos para que os outros não sintam a nossa dimensão. Chega. Sabem o que significa?

Significa que somos capazes e que, repetindo-me à exaustão, só precisamos perder o medo. Esse mesmo que não reconheces mas que sabes que está lá. Ensinaram-nos tantas coisas, todos os dias da nossa vida que chegámos a um ponto em que, enquanto sociedade, nos questionamos, ampliando esse questionamento individualmente, numa espiral que tem levado muitos de nós a procurar conhecer-se melhor, perceber o que é que aqui anda a fazer e o que ainda está a tempo de fazer. Porque estamos sempre a tempo, nós é que achamos que não.

A semana passada falei-vos sobre o estafado Plano de Desenvolvimento Pessoal. Em conversa com uma Grande amiga, aquelas que são mesmo grandes e que fazem - e farão - parte da nossa vida (desde) sempre, percebi que andamos enganados nisto de desenvolvimento pessoal porque podemos fazer todos os planos que quisermos mas se não os implementarmos, o desenvolvimento não acontece. E é aí que reside o verdadeiro problema: passar do plano à acção.

Por isso, o PiP, o Plano de Investimento Pessoal. Sorte tua estarmos na versão beta desta radioAmor, caso contrário ficarias sem saber o que é isso de PiP :)

Lá em cima, para ouvir 🎧

Se ficas por aqui, beijos e até para a semana, para a última edição antes das férias.

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Para quem continua, aqui em baixo encontram o que publiquei na revista Sábado, sobre o mundo do trabalho, aquele que nos suga as entranhas e consome ao tutano.

🎌 O mundo do trabalho não mudou. Evoluiu.
Tropecei num artigo sobre trabalho remoto enquanto pensava sobre o que escrever. Há muito que abandonei a actualidade, a perseguição do facto que está a dar que falar ou o tema que me revolta a ponto de o denunciar. Temas que me revoltam são muitos e factos que dão que falar não faltam, assuntos para denunciar, esses então são uma lista que tende a não acabar. Escolho o trabalho porque acredito que o paradigma mudou mais depressa do que aquilo que conseguimos acompanhar.
Trabalhar remotamente não é algo que tenha surgido à força quando nos confinámos nas nossas casas. Já existia mas era algo sobre o qual pouco se falava e quase sempre disponível para as áreas da tecnologia. Empresas, acordem: a tecnologia está de tal forma disseminada, massificada e facilitada que trabalhar remotamente é mais uma questão de vontade do que uma necessidade, ou uma necessidade transformada em vontade. Na maior parte dos casos estamos a trabalhar remotamente em salas contíguas, separados por paredes de papel ou pisos que demoram 5 minutos a percorrer. Contudo, porque o trabalho se faz (quase todo) de forma colaborativa, usando ferramentas digitais, a maior parte delas cloud-based (para quem gosta da expressão, na nuvem), podemos dizer que estamos remotamente no escritório, para nos cruzarmos de quando em vez com os nossos colegas. A questão hoje já não é se o trabalho é remoto, mas onde se faz esse mesmo trabalho, porque remoto é quase todo o trabalho que depende de um computador para se executar. Excepção feita para profissões que dependem da presença (ainda é um bocadinho complicado trocar um penso ou levar uma injecção de forma virtual e há outros exemplos que, de facto, necessitam da presença física), na maior parte dos casos, a opção de trabalhar remotamente depende apenas da vontade de quem trabalha e da boa vontade de quem emprega. Essa ideia de que precisamos estar perto para trocarmos ideias é verdade. O ser humano é um ser gregário, precisa da presença e da expressão facial e corporal para se fazer entender. Contudo, a agilização de processos que as ferramentas digitais permitem, a par com as ferramentas que simulam a presença e permitem a troca de impressões em tempo real, sem estarmos na sala ao lado, deita por terra a ideia de que o trabalho remoto não é para todos.
Pode ser para quase todos, havendo vontade para tal. São inegáveis as vantagens associadas, especialmente para o bem-estar dos indivíduos que gostam de trabalhar remotamente, anulando tempo em deslocações, aumentando a concentração quando o local de trabalho é ruidoso ou propenso a distracções. Querer flexibilidade não é querer estar em casa. É reclamar um direito que se perdeu. O direito à individualidade e à vida pessoal e privada, ao tempo para auto-cuidado e cuidado da família. A socialização pela socialização, aquela que acontece quando deveríamos estar a trabalhar, mata a produtividade e anula a eficácia, fazendo com que a maior parte dos profissionais se arraste no seu local de trabalho por mais horas do que aquelas que deveria, impactando a sua vida pessoal e contribuindo para problemas de saúde. O mundo não mudou, porque o trabalho remoto sempre existiu (ou quase) mas o mundo evoluiu. As gerações  mais novas e os profissionais melhor preparados abraçaram a mudança, não se revendo nesta estratégia de estar num escritório porque sim. Porque é mais giro assim. Não é. Queridas empresas, há pessoas para tudo, mas não queiram converter um profissional dedicado num profissional que se dedica a circular pelos corredores, sempre atarefado, sem nada fazer porque isso vai custar-vos mais do que aceitar que alguns trabalham (muito) melhor a partir de casa.

Agora sim, 💋💋 e até para a semana.

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Paula Cordeiro