Olá.
Bem-vindos.
Falta-vos o som, eu sei. A mim também. Falta-me isso, a viver com internet dos anos 80, nessa altura em que nem havia internet, numa altura em que tudo tem de ser rápido e tudo acontece rápido demais. Inspiração não me falta, faltam-me dedos para chegar a tudo e a todos em simultâneo, por isso escolho. Defino prioridades e agarro-me a essa lista do que é prioritário como me agarro à vida, na esperança de encontrar luz no caos.
Esta semana não escrevi para a sábado e, por isso, nada tenho para ler. Mas poderia conversar como faço tantas outras vezes. Tal como escolhi não escrever, talvez tenha escolhido não falar. Faltou-me o tempo, mas o tempo é sempre o que fazemos dele e o que fazemos dele depende das escolhas que fazemos. Afinal, é sempre uma escolha e, por vezes - demasiadas vezes - usamos o tempo para justificar algo que foi uma escolha. Outras vezes, não estamos conscientes da escolha porque nos deixamos envolver de tal forma numa outra escolha que acabamos sem perceber o que nos levou a não ter tempo para escolher ter o tempo de que precisaríamos para essa outra escolha. É confuso, sim, e não faço por simplificar. Lê duas vezes para perceberes algo tão simples quanto isto: a escolha é sempre tua, mesmo quando escolhes não fazer escolhas, mesmo quando achas que não tens escolha. E sei do que falo porque tenho de fazer escolhas, daquelas bem difíceis, qual tabuleiro de xadrez, no qual o movimento de uma peça muda o jogo. Todo.
E se escolhemos mal? E se, afinal, o que escolhemos não é, afinal, o melhor para nós?
Tenho vindo a aprender que as escolhas não se podem categorizar ou avaliar. São apenas escolhas e não temos como saber o que, ou como seria, se a escolha tivesse sido outra. E também tenho vindo a aprender que, seja qual for a escolha, é sempre o melhor para nós, mesmo quando parece que foi uma escolha de m*rda. Talvez aquela porcaria seja necessária naquele momento, talvez só com aquilo podemos passar à frente e evoluir.
Esta semana disse a alguém que, espero, esteja a ler isto, algo muito simples: não te fiques, água parada fica podre. Avança. Depois logo se vê. O tempo é este, de avançar. Se ouvir o que temos para nos dizer, sentir e talvez fazer o que mais nos assusta, o que a razão quer esconder o coração. Porque saber, sabemos sempre. Resta escolher 🖤
Bom fim de semana e até para a semana 💋
P.
Viver no caos
Que grande empatia com "...não te fiques, água parada fica podre. Avança. Depois logo se vê. O tempo é este, de avançar. Se ouvir o que temos para nos dizer, sentir e talvez fazer o que mais nos assusta, o que a razão quer esconder o coração. Porque saber, sabemos sempre. Resta escolher"
Avancei, para alterações profundas na minha vida, saindo da cidade para o campo...cheia de medos e inseguranças, no meio do caos e de pazadas de entulho das obras da nova casa, sinto uma enorme libertação, felicidade mesmo. Parece-me contraditório, mas é o que sinto, fruto de escolhas nada fáceis.
Com ou sem som...Gratidão é o meu sentimento. Boa semana. Kisses ❤️