Na semana mais incaracterística do ano, uma palavra define o ano, a vida, a paixão, o amor e o que nos junta aqui: caos.
Os últimos anos das nossas vidas têm sido confusos, abrindo a imensa possibilidade à mudança. E esta, que começou por ser uma newsletter focada na mudança, transformou-se numa carta escrita à mão sem filtro ou revisão, para acabar neste modelo difícil de definir que é a paixão transformada em amor.
O que é o amor, se não o que nos move?
Se não for por amor, ou com amor, vale a pena?
Estou convencida de que se não for por amor, tem pouco valor porque não nos faz saltar da cama, ter borboletas na barriga, sorrir pela maior das parvoíces ou chorar a rir. Amar é tudo isto e muito mais e não precisamos de um amor romântico para nos sentirmos vivos e viver. A palavra Amor tem múltiplos sentidos e é quando perdemos o sentido que nos encontramos e conseguimos perceber o que é, afinal, sentir amor.
o mote da vida é viver. E viver implica sair da nossa zona de conforto, arriscar amar e sofrer. Com isso, aprender, lamber as feridas, sarar e continuar. Só o amor - ou por amor - vale a pena viver porque tudo o resto é fingir que vivemos, fazer um percurso que é sempre assim-assim e que nos permite, apenas, ir andando. Em Portugal, não se ama. Vai-se amando. Vamos tendo momentos em que sentimos, vivendo num continuo mi menor como se fossemos impedidos de Amar. E não o somos mas pensamos que sim, sempre com medo de fazer diferente e arriscar amar.
Há uma aura que paira, uma espécie de manto invisível que faz muitas pessoas não serem capazes de levantar a cabeça, olhar o mundo e viver. Limitam-se a elas mesmas, nesse medo de sentir e amar, uma retracção em arriscar que as faz idolatrar quem escapa ao óbvio, levanta a cabeça, inspira e dá o passo sem saber o que está do outro lado. E do outro lado está sempre essa incrível capacidade para amar.
Mesmo quando dói, só por amor vale a pela viver.
Com amor, P.
Esta semana, nas revistas e jornais:
Na Sábado, um artigo sobre a imensa solidão em que nos encontramos.
No Público, um artigo sobre a falta de transparência na indústria da moda.
Podem ler, estão disponíveis em PDF apenas para vocês :)
Sugestões?
A melancolia bonita do Cristovam e a minha playlist com mais músicas novas, perfeita para acompanhar os dias de Inverno.
Boas entradas, de preferência, apaixonadas e apaixonantes!
Até para o ano, ou até já ♡
Boa noite Paulinha (desculpa, é assim que te sinto mais perto)
Claro que para viver, temos que amar, senão sobrevivemos. Infelizmente acho que muita gente, ama coisas, mas não se ama a si, para poder amar os outros e assim vive preocupado com o seu umbigo. Um 2024 com saúde, paz e muitas realizações, chegas de AMOR.
A playlist fica para ouvir amanhã no Quim-bóio. Kissess ❤️