é o título de um álbum de Carlos do Carmo, o disco que inclui o famoso poema que dá nome à música, “por morrer uma andorinha”. E eu sempre achei que, mais do que amor, é amar. E foi assim que me apaixonei por este tão grande artista.
Estavamos em 1986.
Hoje, repito. Mais do que amor… é amar. E, para amar, é preciso reconhecer o amor. Para o reconhecer é preciso conhecer e, para o conhecer, é preciso ser capaz de o sentir, de o viver, de sofrer, por vezes fazer sofrer, para compreender. E, para compreender, é preciso conhecer. Mas para o conhecer, temos de o reconhecer. E não saímos disto porque existem muitas formas de amor e outras tantas para amar, na fronteira de outros sentimentos, transformando aquilo que parece simples, numa enorme complicação. Dizem que é o dia dos namorados mas eu acho que esse tem de ser todos os dias, porque namoro nenhum resiste ao passar do tempo se não for um constante namoro. E, para namorar, é preciso saber namorar. Para saber namorar, temos de experimentar namorar. Para experimentar namorar temos… voltamos ao mesmo, porque amar é mais do que namorar, e namorar depende da nossa capacidade para amar. Confuso? É amor. Não se explica, sente-se e sabemos sempre, quando estamos a amar. E. A letra que explica muita coisa, nisto de amor e amar.
Horas, minutos, instantes, desta vida
Seguem a ordem austera com rigor
Ninguém se agarre à quimera sem valor
Do que o destino encaminha e não é novo
Pois por morrer uma andorinha sem amor
Não acaba a primavera diz o povo
Por morrer uma andorinha, sem amor
Não acaba a primavera, diz o povo
Por morrer uma andorinha, Carlos do Carmo, 1970
Esta semana deixo-vos um teaser de um episódio que é puro amor, numa harmonia entre queijo e vinho que levou ao estúdio duas mulheres e duas histórias de amor incríveis com quem amei, conversar ♡
Até para a semana!